Manuel Moreira da Silva

O Grupo de Trabalho Hegel, de ora avante simplesmente GT-HEGEL, é vinculado institucionalmente a ANPOF – Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia –, entidade fundada em março de 1983 e que desde então congrega todos os cursos de Mestrado e Doutorado em Filosofia no Brasil credenciados pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. O GT-HEGEL configura-se como o resultado final e definitivo dos esforços iniciados em 1998, a partir da decisão da Assembléia Geral da ANPOF, de 29 de setembro de 1998, de promover a criação dos Grupos de Trabalho (GT’s), com a criação do GT A Matriz Hegeliana da Crítica Filosófica da Modernidade Política, o qual, em 2002, para abranger mais temáticas e mais estudiosos do Hegelianismo em geral e da Filosofia de Hegel em particular, fora transformado em GT Matrizes Hegelianas da Crítica da Modernidade. Finalmente, em 2004, ano em que também se aprofundaram de modo efetivo as relações entre o até então GT Matrizes Hegelianas da Crítica da Modernidade e a SHB – Sociedade Hegel Brasileira –, os membros presentes à reunião bi-anual do primeiro viram por bem concentrar as diversas temáticas surgidas ou abraçadas pelo mesmo, a partir de certa compreensão da expressão ‘Matrizes Hegelianas da Crítica da Modernidade’, em um único ponto de convergência e a partir de um ponto de vista propriamente imanente à Filosofia hegeliana em geral e ao Sistema de Hegel em particular. De onde, nessa mesma ocasião, a sua transformação final e definitiva em GT-HEGEL.

A História do GT-HEGEL está intimamente ligada ao crescimento e à institucionalização da ANPOF em todo o território nacional, no âmbito da qual, com a importância institucional adquirida pelas pós-graduações em Filosofia entre 1983 e 1998, fez-se necessária uma política que coordenasse esforços e assegurasse a troca de informações entre os pesquisadores das mais diferentes regiões do país. Desse modo, como se afirma no Prefácio às Atas do X Encontro Nacional de Filosofia, bem como posteriormente no site oficial da ANPOF, “com o fito de evitar a dispersão dos trabalhos, de romper o isolamento das pesquisas, de promover um maior intercâmbio filosófico e discussões contínuas e sistemáticas entre os pesquisadores e, finalmente, de permitir que o Encontro Nacional oferecesse os resultados dos trabalhos de modo que pudessem ser acompanhados pelo maior número de pesquisadores, a Diretoria da ANPOF acatou a decisão da Assembléia Geral da ANPOF, de 29 de setembro de 1998, de promover a criação dos Grupos de Trabalho (GT’s), cujas atividades, propostas e organizadas por seus membros, formariam a estrutura central do Encontro” [ÉVORA & LEOPOLDO e SILVA (Ed.), 2002, p. 5]; as quais, de fato, “passaram a contribuir centralmente para a estrutura de nossos Encontros” (<http://www.anpof.org.br/anpof/grupos/index.php>).

Com isso, sobretudo em função das regras estabelecidas para a composição dos GT’s, com a exigência de interinstitucionalidade e a definição clara de objetivos a partir de uma temática comum, de modo a assegurar tanto o intercâmbio entre as várias pós-graduações quanto a unidade das investigações levadas a cabo no interior de cada GT, o GT-HEGEL tem se tornado cada vez mais não só um grupo de estudos e pesquisas interinstitucional presente em quase todo o território nacional, mas também permanentemente ativo, contando pouco a pouco também com participação internacional, interligado quase que de modo exclusivo pela Internet.

Desde o X Encontro Nacional de Filosofia, ocorrido em 2002, as atividades do GT-HEGEL vêm se concentrando gradativamente em torno de quatro eixos principais. São eles:

(1) participação nos Encontros Nacionais de Filosofia da ANPOF a cada dois anos;

(2) participação nos Congressos Internacionais de Filosofia da Sociedade Hegel Brasileira (SHB), também a cada dois anos, com anos alternados em relação aos Encontros Nacionais de Filosofia da ANPOF;

(3) atividades virtuais (a) mediante Lista de e-mails para discussão teórica e troca de informações sobre eventos, bibliografia e afins e (b) mediante conferências on-line em tempo real sobre obras importantes de Hegel e outros assuntos de interesse do GT-HEGEL e seus membros;

(4) reuniões internas (ainda em processo de viabilização), restritas aos membros do GT-HEGEL e a possíveis convidados, com o objetivo de aprofundar temas e problemas especulativo-sistemáticos de interesse do GT-HEGEL, a se realizarem no primeiro semestre do ano em que ocorre os Encontros Nacionais de Filosofia. Enfim, para contribuir no processo de sistematização de cada um desses eixos e de sua relação entre si, a partir de um aprofundamento do compromisso institucional de seus integrantes e das instituições de ensino e pesquisa às quais eles estão vinculados, o GT-HEGEL vem impulsionando a estruturação do Grupo de Pesquisas Interinstitucionais “O Sistema Hegeliano”.

Fonte: http://www.fafich.ufmg.br/~leonarva/GT%20HEGEL_arquivos/historia.htm